segunda-feira, 15 de fevereiro de 2010

PEC 231/1995 - QUEM GANHA, QUEM PERDE?

A Proposta de Emenda à Constituiçao 231-A, de 1995, do Sr. Inácio Arruda, que "altera os incisos XIII e XVI do art. 7º da Constituição Federal" (reduzindo a jornada máxima de trabalho para 40 horas semanais e aumentando para 75% a remuneração de serviço extraordinário), vem causando discussões entre classes dos trabalhadores e empresários.
A polêmica tende a se estender, já que os contrários sustentam argumentos baseados em estimativas bem pessimistas.
Porém, acredito também que a redução proposta não será crucial para criar mais postos de trabalho. Não sou empresária. Já trabalhei em indústrias e por isso defendo outro tipo de discussão. É notório e ninguém pode negar, os salários sofreram um arroxo de tal proporção que chega a ser "ridículo" o fato de se buscar emprego hoje. E não só quem está desempregado (como no meu caso). Tenho na família um exemplo de profissional que vem sentindo essa redução salarial a cada ano. 
Que me perdoem os mais animados com a possibilidade de aprovação desta Proposta, mas não acredito que será uma realidade. Nós temos outros problemas, por exemplo, de classes trabalhadoras subjugadas e que certamente ainda não conquistaram sequer direitos que lhe são facultados.
Ao invés de reduzir a jornada de trabalho, por que não dar mais incentivos às empresas para que seus trabalhadores possam receber parte dos lucros como já acontece com as grandes?
Sou a favor da valorização do trabalhador, do bem estar e qualidade de vida, da melhoria dos salários e do crescimento do nosso país.
Para chegarmos lá ainda levará muito tempo, mas é preciso bom senso, consenso para que esta e outras propostas possam ser apresentadas e discutidas visando o bem comum.