sábado, 26 de dezembro de 2009

Uma mensagem diferente...

Os festejos do Natal se vão, mas logo teremos a passagem do ano.
Confesso que a cada ano fico menos animada com a possibilidade de receber e dar presentes. Ao contrário, penso na oportunidade de estar perto daqueles que amo e muito mais num estado introspectivo. A alegria não precisa ser externada somente com sorrisos, ela pode se manifestar numa oração de agradecimento pelas bençãos recebidas, por exemplo.
Longe de ser uma crítica às famílias que se reúnem cercadas por mesas fartas e distribuição de presentes, até porque já tive natais assim. Mas, às vezes passamos por momentos de vigília justamente para abrirmos os olhos da mente.
Com o intuito de passar adiante um texto que o Luz de Luma reproduziu do site Bullet, escrito por *Neto em Outubro de 2008, desejo a todos que vivifiquem coração e mente.


Vou fazer um slideshow para você.
Está preparado? É comum, você já viu essas imagens antes.
Quem sabe até já se acostumou com elas.
Começa com aquelas crianças famintas da África.
Aquelas com os ossos visíveis por baixo da pele.
Aquelas com moscas nos olhos.
Os slides se sucedem.
Êxodos de populações inteiras.
Gente faminta.
Gente pobre.
Gente sem futuro.
Durante décadas, vimos essas imagens.
No Discovery Channel, na National Geographic, nos concursos de foto.
Algumas viraram até objetos de arte, em livros de fotógrafos renomados.
São imagens de miséria que comovem.
São imagens que criam plataformas de governo.
Criam ONGs.
Criam entidades.
Criam movimentos sociais.
A miséria pelo mundo, seja em Uganda ou no Ceará, na Índia ou em
Bogotá sensibiliza.
Ano após ano, discutiu-se o que fazer.
Anos de pressão para sensibilizar uma infinidade de líderes que se
sucederam nas nações mais poderosas do planeta.
Dizem que 40 bilhões de dólares seriam necessários para resolver o
problema da fome no mundo.
Resolver, capicce?
Extinguir.
Não haveria mais nenhum menininho terrivelmente magro e sem futuro, em
nenhum canto do planeta.
Não sei como calcularam este número.
Mas digamos que esteja subestimado.
Digamos que seja o dobro.
Ou o triplo.
Com 120 bilhões o mundo seria um lugar mais justo.
Não houve passeata, discurso político ou filosófico ou foto que sensibilizasse.
Não houve documentário, ong, lobby ou pressão que resolvesse.
Mas em uma semana, os mesmos líderes, as mesmas potências, tiraram da cartola 2.2 trilhões de dólares (700 bi nos EUA, 1.5 tri na Europa) para salvar da fome quem já estava de barriga cheia.

A fome e a miséria sempre fizeram parte do cotidiano da raça humana, desde o surgimento dos primeiros povos. Na nossa história muitas são as marcas da tirania, da ganância e das diferenças sociais. Poderíamos iniciar uma nova década com menos fome e miséria pelo mundo até a total extinção, como disse o autor do texto acima.

(*) Tentei deixar como comentário no site onde o texto foi extraído um pedido de permissão para transcrevê-lo, porém não consegui visualizar o código para autenticação da mensagem.

Foto de Jim Alinder - Dead Tree, Somalia

"Tempo, tempo, tempo mano velho..."

Vergonha! Essa é a palavra que melhor define a minha ausência por quase um ano!
Os motivos foram muitos: temporariamente sem conexão, falta de tempo devido ao trabalho, disputa acirrada da galera em casa para usar o computador, um pouco de "preguiça" e em alguns momentos falta de inspiração para escrever.
É curiosa a minha relação com o blog. Não sei se acontece com outros blogueiros não "profissionalizados" como eu. No começo há uma empolgação, até porque quando comecei estava desempregada (tsc, tsc, tsc...estou de novo) e o tempo, é claro, é fator crucial para o ócio criativo.
Eu não gosto de ficar parada, além das minhas tarefas domésticas (filhos, casa, marido e afins) tenho a necessidade natural de fazer algo "produtivo". Alguns podem até perguntar "o que há de produtivo em um blog?" Ah, dane-se a pergunta. Escrevo porque gosto, porque sinto mais próxima de pessoas que compartilham os mesmos gostos. E vou admitir, adoro falar, é nato ao sexo feminino, fazer o quê? A escrita é a exteriorização deste ato, mas sempre tomando cuidado com "o que" escrevo.

Então, de frente pra telinha estou eu aqui de novo. Dessa vez sem desaparecer.


Título do post: trecho da música "Sobre o tempo" - Pato Fu