segunda-feira, 24 de setembro de 2007

Polêmica

Este assunto transformou-se recentemente em destaque na mídia. O ataque de cães da raça Pit Bull tem sido freqüente. Isso preocupa, de fato, profissionais da área da Saúde, donos de cães e a população em geral. Desde que as primeiras notícias de ataques começaram a veicular na mídia, pensei em expressar minha opinião. Temos em casa um casal de Pit Bulls. A fêmea tem 7 anos e o macho tem 2 anos. Nós adotamos a fêmea quando ela tinha 5 anos, foi um presente de um amigo. Ela se adaptou perfeitamente e um grande laço de amizade entre nós duas começou a surgir. Meus dois filhos também convivem pacificamente com eles. Eu não posso julgar ou afirmar em que condições ela se encontrava anteriormente, mas ela chegou aqui demonstrando muito "medo". Foi uma longa jornada para conquistar a confiança, mas conseguimos. Outro dia, ouvi alguém na TV dizendo como é importante saber a origem do cão (saber quem é o pai, mãe, avô, etc). Graças aos cuidados que ela recebeu no canil sabemos de toda a sua história (as fotos dela e da família estão no site). É uma cadela maravilhosa e não sei como seria sem ela. Já o macho chegou aqui com 2 meses de vida e parecia uma bolinha de pêlo. Também sabemos quem é o pai e a mãe. O que parecia impossível, virou realidade: os dois se deram muito bem. Ele, mais moleque e ativo, quer brincar o tempo todo. Aí está outro fator importante: o cão deve ter espaço suficiente para dispender energia, ele deve ser estimulado a brincar, correr e interagir com as pessoas com as quais ele convive. Quem se dispõe a criar um animal, sabe que ele precisa de atenção, carinho e outros cuidados tanto quanto outro ser vivo. Minha intenção não é julgar donos de animais, nem protestar contra as notícias de ataques de Pit Bull, mas alertar sobre a responsabilidade destes donos. O animal é irracional, somente age por sua própria defesa e instinto. Infelizmente, muitas foram as vítimas de ataque de Pit Bulls e a dor de quem perdeu um ente querido é irreparável. É preciso tomar medidas, não contra o cão (como a extinção da raça, por exemplo), mas contra a irresponsabilidade do dono. É preciso haver controle. Mesmo com um casal de Pit Bulls em casa, não desejamos que procriem. Essa atitude é consciente. Na família temos outros relatos de amor ao cão e boa convivência, sem ataques e sem tragédias.


“Os animais pensam de maneira semelhante a crianças que não aprenderam a usar a linguagem. Eles têm pensamentos muito interessantes, mas só conseguem expressá-los por meio de grunhidos, latidos e trinados.”
MARC HAUSER

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